PREÇO DO LEITE PAGO AO PRODUTOR SOBE PELO 7° MÊS CONSECUTIVO
O leite captado em maio e pago ao produtor em junho subiu pelo sétimo mês consecutivo, cotado a R$ 2,71, em média. A alta foi de 9,8% em relação ao mês anterior, no entanto, em comparação a igual período de 2023 há uma queda de 4,82%.
O leite captado em maio e pago ao produtor em junho subiu pelo sétimo mês consecutivo, cotado a R$ 2,71, em média. A alta foi de 9,8% em relação ao mês anterior, no entanto, em comparação a igual período de 2023 há uma queda de 4,82%.
Evidenciando a queda na produção do alimento, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea acumula uma retração de 7,7% na parcial deste ano, apesar da ligeira reação de 0,14% de abril para maio.
Segundo o Cepea, o movimento de alta nos preços deve perder força a partir de julho e até mesmo se inverter. Isso porque o incremento da margem do produtor nos últimos meses tende a favorecer a recuperação da produção nacional de leite cru, ainda que de forma lenta.
Derivados seguem em valorização
Os preços dos derivados lácteos comercializados no estado de São Paulo continuaram firmes em junho. O maior aumento, de 6,56% em relação ao mês anterior, foi registrado pelo leite UHT (leite de caixinha), cotado à média de R$ 4,76/litro.
O leite em pó (400g) teve uma alta de 2,51%, a R$ 30,17/kg e a muçarela, a R$ 31,94/kg, subiu 4,11%. No comparativo anual, as variações – deflacionadas pelo IPCA – são positivas em 3,23% para o UHT e em 2,13% para a muçarela, mas negativa em 2,35% para o leite em pó.
As altas nos preços médios dos derivados em junho partiram dos avanços na primeira quinzena. Já nas duas últimas semanas do mês, as cotações retornaram ao patamar do início de maio, devido ao enfraquecimento do consumo e à pressão exercida pelos canais de distribuição. De acordo com colaboradores do Cepea, também houve um encarecimento na logística de distribuição da matéria prima, influenciando os valores dos derivados.
Para julho, a expectativa é de leve queda nas cotações, devido à dificuldade de repasse dos aumentos da indústria para os canais de comercialização e à demanda enfraquecida.
Importações aumentaram 22% em junho
No sexto mês do ano, as importações brasileiras de lácteos cresceram 22,08% em relação a maio, porém ainda ficaram 13,85% abaixo das do mesmo período do ano passado. As exportações também aumentaram no comparativo mensal em 8,01%, e caíram 37,85% no ano. Como resultado, o déficit da balança comercial, em volume, subiu 22,5% de maio para junho, para aproximadamente 177 milhões de litros em equivalente leite, gerando um saldo negativo de US$ 77 milhões.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram importados 182,7 milhões de litros de leite em junho, com destaque para as compras de leite em pó, que cresceram 36,79% em relação a maio, representando 72,2% do total adquirido em junho.