EMPRESÁRIO COME BANANA DA OBRA DE ARTE QUE COMPROU POR R$ 35,8 MILHÕES

EMPRESÁRIO COME BANANA DA OBRA DE ARTE QUE COMPROU POR R$ 35,8 MILHÕES

Justin Sun, empresário e fundador da plataforma de criptomoedas Tron, comeu a banana da obra de arte que ele comprou por US$ 6,2 milhões (ou R$ 35,8 milhões).

Ele comeu a fruta na manhã desta sexta-feira (29) durante uma entrevista coletiva em Hong Kong, onde aproveitou o momento para traçar paralelos entre a obra de arte e a cripto.

"É muito melhor do que outras bananas", disse Sun depois de experimentá-la. "Comê-la numa conferência também pode tornar-se parte da história da obra de arte".

A casa de leilões da Sotheby's informou que, durante o leilão da obra, que ocorreu na última semana, sete compradores ou seus representantes competiram para adquirir a obra intitulada "Comedian" ("Comediante", em português). Durante as apostas, o preço do item subiu de US$ 800 mil (R$ 4,8 milhões) para US$ 5,2 milhões (R$ 31,7 milhões) - ou US$ 6,2 milhões (R$ 35,8 milhões) somando comissões -, quando o martelo foi batido.

Após adquirir a arte, o empresário prometeu comer a fruta "como parte dessa experiência artística única, honrando seu lugar tanto na história da arte quanto na cultura popular".

O executivo de 34 anos já havia chamado a atenção ao adquirir uma escultura de Alberto Giacometti, "The Nose", por US$ 78,4 milhões (R$ 422 milhões em valores da época), em 2021.

O jornal The New York Times conversou com o comerciante Shah Alam, de 74 anos, que foi o responsável por vender a banana para o artista, por 25 centavos de dólar, antes da obra ser criada. Ele ficou frustrado ao saber que sua fruta foi vendida por um valor milionário. "Eu sou um homem pobre [...] eu nunca tive esse dinheiro na vida, disse.

Uma porta-voz da Sotheby's, confirmou que a banana foi comprada do carrinho onde o Sr. Alam trabalha no dia da venda da obra. Segundo o portal norte-americano, Alam era funcionário publico de Bangladesh, antes de se mudar para os Estados Unidos, em 2007.

Seu turno na barraca de fruta dura 12 horas e ele trabalha quatro vezes na semana.

???? Banana já foi comida

Enquanto a obra estava exposta no Art Basel de Miami, em 2019, o artista performer norte-americano David Datuna publicou um vídeo nas redes sociais em que caminha até a banana, a tira da parede branca, descasca e come na frente do público.

No vídeo, é possível ouvir uma mulher dizendo: "Isso é tão estúpido, senhor!".


Ele intitulou sua "performance artística" de "Hungry Artist" ("Artista com fome"). No Instagram, o artista escreveu: "Adoro o trabalho de Maurizio Cattelan e realmente amei essa instalação. Estava uma delícia!'".

Dias depois, o performer se gabou em uma coletiva de imprensa em Nova York de ser "o primeiro artista a comer a arte de outro artista".

???? Outra mordida "na banana"

Já no ano passado, um aluno de estética da Coreia do Sul comeu a banana exposta no Leeum Museum of Art, em Seul.

Noh Huyn-sso afirmou que comeu a banana porque estava com fome. Em uma entrevista à rede de TV pública da Coreia, KBS, ele disse também que a fruta é trocada com frequência, porque a instalação exige que a banana tenha uma aparência fresca. De fato, em 30 minutos a banana foi trocada.

E, como a banana é sempre substituída, o chefe de arte contemporânea da Sotheby's afirmou que quem ganhar no leilão de quarta-feira não estará comprando a banana em si, mas um certificado de autenticidade que concede ao proprietário a permissão e autoridade para reproduzir a obra onde preferir.

???? Mas por que vale milhões de reais?

O leilão Sotheby's não especificou o motivo exato pelo alto valor da peça, apenas afirmou em nota que o objetivo do artista italiano ao criar a obra – de criticar o conceito de arte e provocar pensamentos sobre o assunto – não tirou os holofotes do produto desde então.

"Sua aparição inicial, [em 2019], atraiu multidões recordes, dividiu espectadores e críticos e causou tanto pandemônio que teve que ser removido do local antes do fim da exposição. Amplamente venerado e fortemente contestado - e comido não apenas uma, mas duas vezes - o trabalho foi manchete em diversos locais ao redor do mundo", escreveu o Sotheby's.

O chefe de arte contemporânea da Sotheby's, David Galperin, a chama de profunda e provocativa. "O que Cattelan realmente está fazendo é virar um espelho para o mundo da arte contemporânea e fazer perguntas, provocando pensamentos sobre como atribuímos valor às obras de arte, o que definimos como uma obra de arte."

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