OMS MONITORA QUASE 30 NOVAS SUSPEITAS DE VARÍOLA DOS MACACOS

Espanha, Reino Unido e Portugal são os países com mais casos

Foto: Ilustrativa

Foto: Ilustrativa

Depois de confirmar mais de 90 casos de varíola dos macacos, a OMS, Organização Mundial da Saúde, monitora quase 30 novas suspeitas da doença endêmica, sem registro de mortes. Segundo a entidade, a situação está em evolução e deve haver mais casos identificados. Até o momento, Espanha, Reino Unido e Portugal são os países com mais casos confirmados.

Na América Latina, o primeiro caso foi confirmado nesta segunda-feira (23), na Argentina. No Brasil não há casos suspeitos ou confirmados até o momento.

Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, o consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, José Davi Urbaez, explica que não há motivo para pânico, já que a varíola do macaco é bem diferente da varíola humana já erradicada e responsável por muitas mortes, no passado.

Em relação à necessidade de se criarem barreiras sanitárias entre os países, José Davi diz que não é necessário, mas destaca o que pode ser feito pelas autoridades de saúde.

Preocupado com a possível ação de humanos contra os animais, o médico infectologista alerta que é comum que doenças de animais circulem entre humanos, devido à proximidade física, cada vez maior, e a invasão humana ao habitat deles.

A OMS informou que a varíola se espalha de forma diferente da covid-19, e que, por isso, as pessoas devem se informar por fontes confiáveis, a respeito de eventuais surtos na região onde vivem. Também mencionou que as pessoas que tiveram contato físico próximo com alguém infetado e com sintomas são as que estão em maior risco de adquirir a doença.

Entre os sintomas provocados pela varíola dos macacos, a OMS informou que os mais comuns são febre, erupção extensa na pele, como bolhas e feridas e linfonodos inchados. A febre pode durar até três dias, acompanhada de fortes dores e outros sintomas. Após o período febril, surgem as erupções cutâneas, que chegam a quatro semanas.

A maior parte das infecções é resultado de uma transmissão primária, ou seja, de animal para humanos. Assim, a recomendação é evitar o contato com animais doentes ou mortos.