MORAES DIZ QUE OPERAÇÕES DA PRF NÃO IMPEDIRAM VOTAÇÃO

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou que não há necessidade de "superlativar" o assunto

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes �- Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, comentou o descumprimento pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) de sua decisão que proíbe as abordagens em transportes públicos.Na tarde deste domingo (2), em entrevista coletiva na sede da Corte, o magistrado disse que não ocorreu impedimento de votação, apenas retardamento da chegada dos eleitores até as seções eleitorais. As informações foram divulgadas ao magistrado pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) e PRF.

Segundo o magistrado, o diretor da PRF, Silvanei Varques, que esteve na sede do TSE, afirmou a ele que todas as intervenções foram feitas baseadas com base no Código de Trânsito para
"parar ônibus com pneus carecas e lanternas quebradas", por exemplo.

"Não há necessidade de superlativar essa situação", disse Moraes, que informou ainda que não haverá extensão do horário da votação.

Mais cedo, Moraes determinou que o diretor da PRF interrompa "imediatamente" operações da corporação sobre transporte público de eleitores neste domingo (30), dia do segundo turno das eleições.

Alexandre de Moraes proibiu, na noite de sábado, que a PRF e a PF fizessem ações após um pedido de aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esse pedido surgiu de rumores de que o governo federal havia determinação a realização de operações para dificultar o transporte de eleitores mais pobres. Pela decisão, ações contra transporte público, seja ele gratuito ou não, estariam vedadas.

Apesar das proibições, estão se avolumando relatos, incluindo vídeos, em que eleitores apontam estarem sendo parados, sobretudo no Nordeste. Há também eleitores acusando policiais federais de retirarem bandeiras de Lula e adesivos dos carros.