EQUIPE DA TV CANDIDES É AGREDIDA E HOSTILIZADA EM PROTESTO NA MG 050 EM DIVINÓPOLIS

A equipe de reportagem da TV Candides foi hostilizada quando fazia a cobertura dos protestos nas rodovias no Centro-Oeste de Minas. O repórter e o cinegrafista da emissora foram agredidos verbalmente e expulsos do local na rodovia MG 050 onde estava a manifestação. Todo o ocorrido foi filmado e mostra a agressividade de alguns dos protestantes.

O ato de coação foi registrado na manhã desta terça-feira, 01 por vota de 09 horas da manhã.

O repórter Vitor de Castro e o cinegrafista Wesley Mourão faziam a cobertura da manifestação no trecho da MG 050, próximo ao posto Marçal em Divinópolis.

Após entrevistarem as lideranças do bloqueio a equipe abordou uma motorista que estava parada no trecho e ela começou a reclamar do transtorno.

Neste momento a equipe foi abordada por dois manifestantes um deles com um guarda chuva na mão.

Além de serem empurrados, os manifestantes mandaram os dois profissionais saírem do local. Em um determinado momento os manifestantes falaram: "Corre, sai correndo. Sai correndo e calado". Nesse momento eles foram agredidos verbalmente. Com palavras como vagabundos, e outros termos pejorativos. Os manifestantes mandaram os dois deixarem o país e mudar para Venezuela ou para Cuba.

Segundo os profissionais da TV Candides os manifestantes ainda tentaram pegar a Câmera, mas foram impedidos.

O Sistema MPA de Comunicação repudia qualquer atitude antidemocrática, ou de censura, por agredir a liberdade de expressão, uma das principais ferramentas da democracia. Diante do fato a direção do Grupo MPA tomará todas as medidas legais e cabíveis a fim de valorizar o direito a informação.

A Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT) vem, por meio desta, expressar de forma veemente o seu repúdio contra as agressões ao repórter Victor de Castro e ao cinegrafista Wesley Mourão da TV Candidés, integrada ao Sistema MPA, que realizavam a cobertura das manifestações em Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas Gerais.

Por volta das 9h, desta terça-feira (1º), os profissionais realizavam a cobertura das manifestações, que ocorrem em um trecho da MG-050, próximo ao Posto Marçal. A equipe abordou uma motorista que estava parada no trecho e, neste momento, eles foram abordados por dois manifestantes, um deles com um guarda-chuva em mãos.

O repórter e o cinegrafista foram empurrados, agredidos verbalmente com palavras de baixo calão. Além disso, os dois manifestantes fizeram ameaças e tentaram pegar a câmera da equipe. Devido a situação, foram obrigados a deixar o local.

A AMIRT se solidariza com os profissionais. Independente das divergências de opiniões, a entidade também enfatiza que é inadmissível que a imprensa seja impedida de realizar o seu trabalho de levar informações de interesse público para a sociedade.

Conforme a declaração de Chapultepec (1994):

I – Não há pessoas nem sociedades livres sem liberdade de expressão e de imprensa. O exercício dessa não é uma concessão das autoridades, é um direito inalienável do povo.

II – Toda pessoa tem o direito de buscar e receber informação, expressar opiniões e divulgá-las livremente. Ninguém pode restringir ou negar esses direitos.

Luciano Pimenta Corrêa Peres
Presidente da AMIRT