GOVERNO EXTINGUE DIRETORIA AGRÍCOLA DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES: SISTEMA FAEMG SENAR E FPA MANIFESTAM PREOCUPAÇÃO

Ilustração

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As movimentações iniciais do novo governo Lula no âmbito da agropecuária foram além de desmembrar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para, assim, reativar as pastas do Desenvolvimento Agrário e da Pesca. O presidente decidiu extinguir a diretoria agrícola do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Com a medida publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de domingo (1º), a área agrícola, que até então contava com diretoria própria dentro do MRE, passa a ser incorporada por outro setor, que passa a se chamar "Departamento de Promoção Comercial, Investimentos e Agricultura". Toda a divisão terá um diretor/diretora e outros quatro profissionais.

Diante da reorganização estrutural do MRE, o departamento em questão terá como objetivo "elaborar, acompanhar, propor, orientar e executar as atividades de promoção comercial e de atração de investimentos, em coordenação com as demais unidades responsáveis, nas áreas da indústria, da agricultura e de serviços, inclusive nos setores de energia, mineração e ciência, tecnologia e inovação."


PREOCUPAÇÃO DO SISTEMA FAEMG SENAR E FPA

Diante disto, o Sistema Faemg Senar se uniu a FPA ( Frente Parlamentar Agropecuária) com objetivo de que o Decreto 11.357/23 seja reconsiderado pelo atual Governo Federal.

O QUE DIZ O SISTEMA FAEMG SENAR


O Sistema Faemg Senar, em apoio à Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), vem a público manifestar preocupação em relação à extinção da Diretoria Agrícola do Ministério de Relações Exteriores, feita pelo Decreto Presidencial 11.357/23, de 1º de janeiro de 2023.

A Diretoria Agrícola é uma pasta importante para o desenvolvimento do setor agropecuário em solo brasileiro, é fundamental para as articulações internacionais, para a abertura de novos mercados e para o fortalecimento no que se refere à qualidade e origem dos produtos brasileiros.

A extinção da Diretoria Agrícola pode impactar na promoção comercial internacional do agronegócio brasileiro e interferir no acompanhamento mais próximo das atuações e transformações globais.

Vale ressaltar que, em 2022, as exportações brasileiras do agro somaram US$ 148 bilhões, tendo como principais consumidores China, União Europeia, Estados Unidos, Irã e Japão.

Minas Gerais, por sua vez, de janeiro a outubro de 2022, exportou US$ 12,9 bilhões, um aumento de 49,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que representou um novo recorde histórico.

As exportações do agro mineiro representaram 38,2% de tudo o que foi exportado pelo estado. No total, foram 172 países compradores, tendo como principais destinos: China (US$ 4,05 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,34 bilhão), Alemanha (US$ 1,25 bilhão), Itália (US$ 632,2 milhões) e Bélgica (US$ 579,9 milhões).

Esses números mostram a potência agrícola para exportação que o Brasil e Minas Gerais representam e como esses dados impactam positivamente a economia do país, gerando emprego, renda e alimento na mesa para toda a população.

Por isso, o Sistema Faemg Senar se une à FPA para reafirmar o pedido de que o Decreto 11.357/23 seja reconsiderado pelo atual Governo Federal já que a Diretoria Agrícola é uma pasta de extrema importância para o fortalecimento das relações comerciais internacionais do agro brasileiro.

Antônio Pitangui de Salvo
Presidente do Sistema Faemg Senar

O QUE DIZ A FRENTE PARLAMENTAR AGRÍCOLA (FPA)


A Frente Parlamentar da Agropecuária manifesta preocupação com a decisão emitida pelo Decreto Presidencial 11.357/23, que extingue a Diretoria Agrícola do Ministério de Relações Exteriores.
Importante ressaltar que a pasta é de extrema importância para o desenvolvimento do setor agropecuário nacional, para as articulações internacionais e abertura de novos mercados e, por último, para a conscientização do mercado externo sobre a qualidade e origem dos produtos brasileiros.

Desta forma, a FPA pede que a medida seja reconsiderada pelo governo federal, especialmente pelo Ministério da Agricultura, também responsável à época, junto com a FPA, pela criação da Diretoria Agrícola do Itamaraty.