A entrada principal de Capitólio foi parcialmente aberta para acesso de veículos grandes na manhã desta terça-feira (17). A informação foi confirmada pelo Executivo, por meio da chefia de gabinete. O acesso foi fechado na última quinta (12) após o Rio Piumhi transbordar. Há rotas alternativas para chegar na cidade.
A Prefeitura informou que ônibus e caminhões estão liberados desde que passem devagar. A passagem foi demarcada pela Secretaria de Obras.
Cuidado, atenção e rotas alternativas
O Executivo explicou que a Avenida Córrego do Virgílio, que aparece no vídeo acima, foi aberta para passagem de carros pequenos, motos e pedestres. A Prefeitura pede cuidado e atenção com as máquinas em operação no local.
O volume de água na entrada da cidade começou a abaixar na segunda (16). Apesar disso, ainda há locais alagados e que demandam atenção.
O município está desde o dia 9 de janeiro com vários pontos de alagamento por causa do Rio Piumhi, que não comportou o volume de água das chuvas e transbordou.
Na semana passada, a Secretaria de Turismo divulgou os acessos alternativos para chegar ao município. Um deles é pela MG-050, sentido a Barragem do Dique para quem vem sentido São Paulo. Outra rota é pela Estrada do Socorro, para quem está sentido Belo Horizonte.
Entenda o caso
No dia 11, o g1 mostrou que moradores estão com a mobilidade prejudicada por conta dos alagamentos. O prefeito Cristiano Gerardão explicou que o problema ocorre por conta de um assoreamento no canal de escoação da água do rio e, por isso, a água não baixa com facilidade.
A situação tramita em âmbito judicial contra Furnas Centrais Elétricas que, segundo o Executivo, é a responsável pela limpeza do canal. A reportagem solicitou posicionamento de Furnas sobre o assunto (veja abaixo).
"Não há outra entrada na cidade. As pessoas passam exatamente pela orla, onde está alagado, para poderem entrar no município e acessarem locais como Escarpas do Lago, por exemplo. Como podemos ver nos vídeos divulgados nas redes sociais, as pessoas estão se arriscando a pé ou em carros para passarem pelas águas", disse.
Daniel mora bem em frente à orla alagada e relatou que na região se encontram inúmeros empreendimentos e serviços, que estão prejudicados com a inundação que já dura dias.
"Há por aqui inúmeros pontos comerciais como hotéis, restaurantes, o próprio Centro de Atendimento ao Turista, e tudo isso está prejudicado. Não tem acesso e para minimizar, a Prefeitura tem ajudado doando palhetes para as pessoas tentarem passar, mas não tem sido suficiente", destacou.
O que diz a Prefeitura?
De acordo com a Prefeitura, no ano de 2008, o Município de Capitólio ajuizou uma ação solicitando que Furnas Centrais Elétricas realizasse a limpeza e manutenção do canal do Rio Piumhi que, por falta de manutenção e ocorrência de assoreamento, provoca uma diminuição da vazão da água e, consequentemente, aumento do nível dos represamentos da água do lago artificial de Capitólio. E isso provoca inundações na cidade em períodos de chuva.
"O referido processo, bem como outras ações, que foram desencadeadas desde então, ainda estão em tramitação. Porém, no início de 2022, a atual gestão, através da Procuradoria Municipal, distribuir ação de execução provisória, conseguindo assinar a publicação de decisão para a execução imediata da obra. Vale dizer que em paralela as ações judiciais, o Município, desde 2021 busca a resolução da questão, também de forma administrativa, junto à Furnas", destacou o prefeito.
O que diz a empresa
"A licença ambiental permitindo limpeza de parte do canal de refluxo do Rio Piumhi foi emitida na última sexta-feira, 06/01/2023. FURNAS finalizou o processo de contratação da empresa responsável pela execução da obra, que terá início em 01/02/23".
G1 Centro Oeste de Minas