MG: MÃE E FILHA MORREM AO TOMAR REMÉDIO MANIPULADO E FAMÍLIA RECEBERÁ R$ 200 MIL

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Pai e filha vão receber R$ 200 mil de indenização do proprietário de uma farmácia e de duas farmacêuticas após perderem familiares que ingeriram remédio manipulado. As vítimas, uma mulher de 45 anos e uma jovem de 22, eram a esposa e a outra filha do homem e morreram por intoxicação.

O caso aconteceu em 2011, em Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha, e a decisão saiu em janeiro deste ano.

De acordo com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), pai e filha contaram que as familiares foram diagnosticadas com amebíase, e o Secnidazol foi prescrito para elas. Um farmacêutico da cidade deles informou que o medicamento não estava disponível na cidade e se ofereceu para encomendá-lo em Teófilo Otoni.

O remédio chegou até as vítimas, que o ingeriram e logo começaram a passar mal, com fortes dores abdominais, queimação na garganta e vômito. Elas foram hospitalizadas, mas a mulher morreu no mesmo dia, e a jovem dois dias depois. As duas eram saudáveis.

O dono da empresa que forneceu os remédios e os funcionários foram condenados a pagar R$ 200 mil de indenização. A perícia mostrou que houve troca do princípio ativo de lotes de substâncias encontradas no laboratório do estabelecimento. No lugar do Secnidazol 500mg foi achada Anlodipina. A juíza Bárbara Livio entendeu que a responsabilidade dos envolvidos, enquanto fornecedores, era objetiva, independentemente de culpa.