APÓS TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO, AMERICANA PODE TER SE TORNADO A PRIMEIRA MULHER CURADA DO HIV

Imagem ilustrativa

Imagem ilustrativa

Pela quarta vez na história, cientistas conseguiram curar um paciente com HIV, o vírus da aids. A mulher, moradora de Nova York, nos Estados Unidos, passou por um transplante de células-tronco para tratar um câncer, e não apresenta mais vestígios do vírus no organismo. O caso foi publicado na revista Cell nesta quinta-feira (16/3).

A paciente tinha câncer no sangue e passou por um transplante de células-tronco que vieram do cordão umbilical de um doador. Após 30 meses, os autores do estudo observaram que a mulher, mesmo sem fazer o uso das medicações antirretrovirais, não tinha mais HIV em seu organismo.

De acordo com a autora do estudo, Yvonne Bryson, a mulher está bem. Mesmo não sendo um procedimento que pode ser aplicado a todos os pacientes, os resultados dão esperanças que, no futuro, novas técnicas baseadas nessa terapia possam ser desenvolvidas.

"Atualmente, ela está clinicamente saudável, livre de câncer e HIV. Chamamos o quadro de cura possível, em vez de definitiva, já que precisamos de um período de acompanhamento mais longo", afirma Yvonne.

Em casos como o da paciente, os médicos e cientistas buscam um doador que, além de ser compatível, tenha uma mutação específica no gene CCR5, responsável por impedir que o HIV ataque as células. As células-tronco do doador substituem as do paciente, levando à diminuição do câncer e proporcionando resistência contra o vírus da aids.