MANIFESTAÇÕES COBRAM O FIM DO ABATE DE JUMENTOS NO BRASIL

Foto: Ilustração

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O domingo 30 foi de manifestações em favor dos jumentos. Em ao menos 15 cidades espalhadas pelo país, grupos se uniram para protestar contra o abate do animal.

De acordo com a bióloga Patrícia Tatemoto, representante da organização The Donkey Sanctuary na América Latina, os protestos contra o abate desse tipo de equino se devem à demanda pelo produto chamado ejiao. Conforme a medicina tradicional chinesa, o ejiao, que é extraído do colágeno da pele dos jumentos, conta com propriedades que auxiliam na circulação sanguínea.

"As evidências científicas não são robustas sobre a eficácia deste produto", diz Patrícia, ao reforçar que há caça contra jumentos no Brasil. "Para que se tenha uma ideia, no mundo todo seriam necessárias 4.8 milhões de peles de jumentos por ano para abastecer esta demanda. Então é impraticável. Nós não temos esta quantidade de animais no mundo. E a produção regulamentada em fazendas é custo-proibitiva, por isso a atividade ocorre de modo extrativista."

apontou para a diminuição da espécie no país. Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a equipe da The Donkey Sanctuary alerta que a população de jumentos no país era superior a 974 mil. Em 2017, por exemplo, o número havia caído para 376 mil.

Ao promover as manifestações contra o abate de jumentos no Brasil, a The Donkey Sanctuary apresentou outros dados.

Veterinária do Estado da Bahia alertou que os jumentos podem ser extintos no país em até quatro anos.