RESULTADO DO QUARTO LIRAA DE 2023 APONTA 'ALTO RISCO' PARA EPIDEMIA DE DENGUE EM FORMIGA

Foto: Ilustração Pixabay

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Foi realizado, 6 a 10 de novembro, o quarto Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2023, no qual foi constatado que Formiga encontra-se em estado de "alto risco" de epidemia de dengue, com o índice de infestação predial de 4,7.

No levantamento realizado em novembro de 2022, o resultado foi de 3,0. Neste ano houve aumento de 1,7 no resultado. As estatísticas apontam que, com resultado de 0 até 0,9, o município enquadra-se em situação de "baixo risco", de 1,0 a 3,9 é "médio risco" e acima de 4,0 é considerado "alto risco".

Com o resultado, a Secretaria Municipal de Saúde constatou que, para cada cem imóveis existentes no município, 4,7 têm focos do mosquito.

Além do índice de infestação predial, o levantamento mostra o "Índice de Breteau". O resultado em Formiga foi de 5,3, o que indica que para cada cem imóveis pesquisados durante o LIRAa, 5,3 deles possuem recipientes com larvas positivas.

O levantamento foi realizado em 1.724 imóveis (residências, terrenos baldios, comércios e outros). Muitos focos foram encontrados nas residências, 86,25% do total.

AÇÕES

O setor de Endemias continuará com a intensificação das ações de campo e ações educativas, de acordo com o Programa Nacional de Controle às Arboviroses e seguindo as orientações de estratégias discutidas e planejadas pelo Comitê de Enfrentamento às Arboviroses do município.

Com o resultado do quarto LIRAa, os agentes realizarão trabalho diferenciado nos bairros em que o índice foi mais alto. Além do tratamento focal, os agentes intensificarão as ações educativas nessas localidades.

O MOSQUITO

O mosquito transmissor da dengue tem hábitos residenciais, devido a sua preferência pelo sangue humano, por isso são encontrados muitos focos nas residências e em lugares "inusitados", como tecido de guarda-chuva, tampinha de refrigerante, panelas jogadas no quintal, entre outros. Com isso, o Aedes aegypti completa seu ciclo o mais próximo possível do ser humano.

O transmissor deposita seus ovos em água parada, na parede dos criadouros, próximo à superfície da água e não diretamente nela, por isso a importância de passar escova ou bucha em recipientes que tiverem água parada. O ovo pode sobreviver em média de um ano "no seco" e, assim que entrar em contato com a água, dentro do seu período de durabilidade, ele pode seguir seu ciclo. Esse fator, ligado ao descuido da população, explica a dificuldade de erradicar o mosquito.

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