IDOSOS DEVEM TOMAR REFORÇO ATÉ JANEIRO E VARIANTE DELTA SERÁ PREDOMINANTE EM MG, AFIRMA BACCHERETTI

Idosos acima de 60 anos devem tomar reforço independente se foram imunizados com AstraZeneca ou CoronaVac

Imagem: Ilustrativa

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Os idosos são o principal foco da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) para vacinação contra a Covid-19. Apesar da queda de mortes, o grupo ainda é o mais vulnerável conforme o secretário Fábio Baccheretti explicou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (23).

Todos os idosos acima de 60 anos deverão tomar o reforço independente do imunizante que foi vacinado anteriormente. No decorrer dos meses, principalmente em setembro e outubro, as doses de reforço serão intensificadas. A previsão é que até dezembro ou janeiro o grupo já esteja imunizado com dose reforço.

O Estado recomenda o reforço com a vacina da Pfizer, que também deve ser usada para imunização de adolescentes de 12 a 17 anos. Segundo Baccheretti, todos os municípios receberam doses para vacinar essas faixas-etárias.

Relacionado aos demais grupos, o secretário destacou que a recomendação de reforço é apenas para pessoas acima de 60 anos e imunossuprimidos com mais de 28 dias da segunda dose. "Estudos não mostram que adultos precisam tomar dose reforço", afirma.

Se ocorrer vacinação por tempo de segunda dose, ele enfatiza que serão priorizados os trabalhadores da saúde que foram imunizados no início da campanha.

Até o momento, Minas Gerais recebeu 29.451.624 doses de vacinas, sendo que mais de 27 milhões estão nas regionais e 24 milhões nos municípios. Conforme a pasta, 93,34% da população adulta, acima de 18 anos, já recebeu a primeira dose da vacina. Referente à segunda dose, 47,06% estão imunizados.

Para Baccheretti, o número é ainda maior devido aos atrasos para lançamento no sistema.

Sobre o aumento no índice de transmissão, ele revelou que essa instabilidade gerou acúmulo também no lançamento de dados do RT. "O sistema ficou dias sem atualizar", disse.

"Os hospitais estão mais vazios e o número de pessoas em leitos continua caindo", garantiu.

Variantes

Durante a coletiva, o secretário disse que a Delta se tornará predominante em Minas Gerais, mas que não modificará o cenário assistencial no estado.

"A máscara é a medida eficaz para prevenção de qualquer variante", destacou.

As regiões Sudeste, próximo ao Rio de Janeiro, Central, considerando Belo Horizonte, e Unaí, no Noroeste de Minas, são as com mais registros da variante indiana.

Conforme Baccheretti, a "vacina é eficaz contra essas cepas", incluindo também a Gama e a MU, que não geram tanta preocupação no estado.

Crianças de 5 a 9 anos

Apenas se a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar tecnicamente e o Ministério da Saúde (MS) incluir no Plano Nacional de Imunização (PNI), crianças de 5 a 9 anos serão vacinadas com a Pfizer.

A farmacêutica garantiu que o imunizante é seguro para esse grupo, mas o estado aguardará recomendações.

Outras vacinas

Ao final da coletiva, o secretário aproveitou para falar sobre outras vacinas disponíveis, como febre amarela, sarampo e poliomielite. "A cobertura vacinal está muito baixa e a febre amarela possui letalidade de quase 100%", destacou.