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AGRO

IMA PRORROGA POR UM MÊS PRAZO DE VACINAÇÃO CONTRA BRUCELOSE; SAIBA POR QUÊ

Produtores rurais têm até 31 de julho para vacinar suas bezerras e até dia 10 de agosto para apresentar a declaração junto ao órgão responsável


Foto: Ilustração

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) prorrogou a 1ª etapa da vacinação contra a brucelose no estado. O prazo que se encerraria em 30 de junho ganhou mais um mês. Agora, os produtores rurais que estavam em falta com seus rebanhos, têm até 31 de julho, para regularizar a situação.

Devem ser vacinadas até essa data, as fêmeas bovinas e bubalinas, de 3 a 8 meses de idade. Os produtores precisam comprar as vacinas numa loja de produtos veterinários e contratar um médico veterinário para realizar a vacinação. Tudo custeado do seu próprio bolso. E ele ainda tem que comprovar que vacinou nos escritórios do IMA, espalhados pelo Estado. Esse ano, o prazo para essa exigência se encerra em 10 de agosto.

O motivo para a prorrogação foi o desabastecimento de vacinas contra a doença no país, o que gerou em Minas um déficit de aproximadamente 130 mil doses.

Índice vacinal anual deve ser de 80%

De acordo com dados do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), o estoque de imunizantes nos estabelecimentos que comercializam as vacinas contra brucelose no estado é de cerca de 378 mil doses, da vacina B19, e 146 mil doses, da RB51, distribuídos em mais de 650 estabelecimentos comerciais em 400 municípios mineiros.

O índice vacinal anual determinado pelo programa é de, no mínimo, 80% de fêmeas imunizadas contra a enfermidade, porém, até o momento, foram declaradas apenas 39,5%. Segundo informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a previsão de regularização dos estoques desses imunizantes no país é no segundo semestre. Aproximadamente 14.500.000 milhões de doses da vacina B19 serão produzidas entre junho e dezembro por laboratórios autorizados pelo Mapa para abastecer todo o país.

Venda da vacina exige receita médica

Por ser uma vacina viva, ou seja, contendo a bactéria causadora da brucelose enfraquecida, a compra desse imunizante é controlada e permitida apenas mediante apresentação de receita, assinada por um médico veterinário cadastrado no PNCEBT. Ao ser adquirido, o imunizante deve ser mantido entre dois e oito graus centígrados do momento da compra até a vacinação das fêmeas.

Apenas as fêmeas devem ser vacinadas

A vacinação contra brucelose deve ser realizada duas vezes ao ano. O alvo são bezerras de 3 a 8 meses de idade. Existem dois tipos de vacina: a B19 e a RB51, sendo que esta pode ser aplicada em fêmeas com idade superior a 8 meses.

Doença pode ser transmitida para os homens; saiba como

A brucelose é uma doença contagiosa, incurável e crônica, causada por uma bactéria, que atinge animais como bois, búfalos, porcos, entre outros, podendo também ser transmitida aos seres humanos.

Os principais sintomas nos animais são: aborto entre o sétimo e oitavo mês de gestação, retenção de placenta e inflamação dos testículos.

O que sente uma pessoa contaminada?

Os seres humanos contaminados apresentam febre, dor de cabeça e dores musculares. Outros sintomas são insônia, impotência sexual e dores articulares. O contágio nos animais acontece pelo contato direto com fetos e placentas eliminados pela fêmea positiva ao abortar ou parir e pela ingestão de pastagem ou água contaminadas por restos do parto ou aborto.

Os seres humanos, por sua vez, podem ser acometidos pela doença ao consumir leite cru e seus derivados ou ao manipular os animais doentes durante o parto. Além de causar danos à saúde pública do estado, pode ocasionar perdas econômicas para o setor pecuário, uma vez que provoca abortos, queda na produção de leite e diminuição no ganho de peso nos animais doentes.

Produtores devem fazer testagens no rebanho

Além de vacinar seus animais, o produtor rural deve realizar a testagem da brucelose em machos a partir de oito meses de idade e em fêmeas imunizadas com vacina B19 a partir de 24 meses.

Animais devem ser marcados com o algarismo final do ano vigente

Pensa que acabou? Nada. Depois de tudo isso, os produtores devem marcar os animais imunizados: as fêmeas vacinadas com a B19 devem ser marcadas no lado esquerdo da face com o algarismo final do ano da vacinação,no caso de 2024, o número 4, já as bovinas vacinadas com a RB51 devem receber a marca V.

E o que acontece se o produtor não vacinar?

O pecuarista que não vacinar seu rebanho contra a enfermidade pode ser multado no valor de 25 UFEMGs, o que equivale a R$125,90 por bezerra.

Já o produtor que vacinar, mas deixar de declarar a vacinação contra brucelose está sujeito a multa no valor de 5 UFEMGs, ou seja, R$25,18 por bezerra.

Itatiaia

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