A Bunge Global reportou um lucro líquido de US$ 602 milhões no quarto trimestre de 2024, na comparação com US$ 616 milhões um ano antes. O lucro anual somou US$ 1,137 bilhão, metade do registrado em 2023. O lucro por ação diluído também caiu, passando de US$ 14,87 em 2023 para US$ 7,99 em 2024.
No setor de agronegócio, que representa mais de 80% da receita total da empresa, a Bunge registrou um lucro antes de impostos e juros (Ebit) ajustado de US$ 1,515 bilhão em 2024, uma queda de 34% em relação ao ano anterior.
O desempenho foi impactado principalmente pela redução na lucratividade do processamento de grãos, especialmente na América do Norte e na América do Sul.
O setor de processamento registrou um Ebit ajustado de US$ 1,208 bilhões, frente a US$ 1,947 em 2023. A divisão de comercialização ficou com Ebit de US$ 307 milhões, ante US$ 350 milhões um ano antes.
A divisão de óleos refinados e especiais também apresentou um recuo, com Ebit ajustado de US$ 739 milhões em 2024, na comparação com US$ 883 milhões no ano anterior. A queda foi atribuída a um mercado mais equilibrado na América do Norte e à incerteza nas políticas de biocombustíveis dos Estados Unidos.
Para 2025, a Bunge projeta lucro por ação ajustado de aproximadamente US$ 7,75, abaixo dos US$ 9,19 registrados em 2024.
Ontem, a rival da Bunge, ADM divulgou um lucro anual de US$ 1,8 bilhão, o que é metade do registrado em 2023. A empresa anunciou demissões para conter os gastos.
Canal Rural