GRANDE BH REGISTRA MAIS DE MIL CHAMADOS RELACIONADOS ÀS CHUVAS EM 24H, DIZ PORTA-VOZ DO CORPO DE BOMBEIROS

Segundo tenente Pedro Aihara, entre principais preocupações da corporação nesta segunda-feira (10), estão áreas inundadas na Região Metropolitana e a cidade de Pará de Minas, onde moradores da zona rural estão sendo retirados de casa.

Foto: Reprodução

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O temporal que atinge Minas Gerais segue provocando estragos, transtornos e prejuízos nesta segunda-feira (10). De acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara, em 24 horas, a corporação registrou mais de mil chamados relacionados às chuvas na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

"Os últimos dias têm sido muito desafiadores e nós ainda estamos com uma previsão de chuva muito forte para os próximos dias. Por isso que é muito trabalho que nós estamos atendendo neste momento. Para se ter uma ideia, nas últimas 24 horas, o Corpo de Bombeiros, somente na Região Metropolitana de Belo Horizonte, recebeu mais de mil chamados relacionados às chuvas. Não só de situações de risco geológico, de movimento de massa, mas de locais de enchente e inundações", disse o tenente.


Segundo Aihara, a Grande BH é um dos pontos do estado que traz mais preocupação ao Corpo de Bombeiros neste momento. No fim de semana, desabamentos de casas provocaram duas mortes na capital e em Betim.

De acordo com dados divulgados pela sala de imprensa da corporação, das 20h de sexta-feira (8) até as 7h desta segunda-feira (10), foram, ao menos, 287 acionamentos para resgate de pessoas ilhadas, 120 por causa de desabamentos e desmoronamentos, 30 por causa de deslizamentos ou soterramento e 38 para corte de árvores.

Aihara explica que além de acionamentos feitos pelo 193, há chamados realizados diretamente a equipes de resgate que estão em postos de comando, montados em localidades atingidas.

Segundo ele, a Grande BH segue com diversos pontos de alagamento nesta manhã, como em Raposos, Honório Bicalho (distrito de Nova Lima), Ibirité e Santa Luzia.

"Basicamente, o que nós estamos fazendo é mandar equipes para esses locais para que a gente possa fazer a retirada de pessoas ilhadas, de pessoas que estão em uma situação de risco. E também apoiar as comunidades, especialmente aquelas comunidades que estão isoladas, no sentido de evacuar pessoas que precisam de atendimento médico, de levar mantimentos para esses locais para que as pessoas possam ficar até que a situação seja restabelecida", detalhou.

Pará de Minas

Outra região que traz preocupação ao Corpo de Bombeiros nesta segunda-feira é a de Pará de Minas, na Região Central de Minas. A prefeitura e a Defesa Civil recomendaram, neste domingo (9), que os moradores da cidade, Pitangui e Onça de Pitangui, que moram abaixo da Usina do Carioca, deixem as casas imediatamente, por causa do risco de rompimento da barragem.

"O barramento continua sendo monitorado. Em razão das fortes chuvas que ocorreram em Pará de Minas, a gente teve um fluxo de água muito grande que acabou afetando essa represa – uma represa particular, que é de geração de energia hidrelétrica de uma empresa da região. E, em decorrência desse fluxo de chuva, a água acabou passando tanto por cima do vertedouro quanto pelas laterais", afirmou.

Aihara afirma que a evacuação preventiva e emergencial afeta comunidades que ficam na calha do Rio São João e do Rio Pará. "É importante destacar que a área urbana de Pará de Minas não corre o risco de ser inundada, ela não está nessa mancha de inundação", disse.