EM DUAS DÉCADAS CHINA SE TORNA A MAIS IMPORTANTE FORNECEDORA DE BENS PARA A AMÉRCIA DO SUL

Duas décadas depois, a superpotência asiática é a mais importante fornecedora de bens para a América do Sul, ocupando o primeiro lugar nas importações de algumas das maiores economias da região, como Brasil, Argentina, Chile e Peru. Colômbia, Equador, Guiana e Suriname são as únicas economias sul-americanas que ainda escapam dessa hegemonia.

Ao mesmo tempo, diante da concorrência chinesa, a participação de mercado das importações dos EUA diminuiu, como mostra este infográfico feito com dados da ONU Comtrade, do Observatório da Complexidade Econômica (OEC) e dos Institutos Estatísticos de Porto Rico e Panamá.

Mesmo assim, os EUA continuam sendo o maior fornecedor de mercadorias para o México e toda a América Central e Caribe, exceto Cuba, que compra mais mercadorias da Espanha do que qualquer outro país. Além disso, o expansionismo das importações chinesas também ocorreu às custas do comércio intrarregional. Por exemplo, entre 2000 e 2020, a China deslocou a Argentina como principal origem das compras do Paraguai, e o Brasil deixou de ser a maior fonte de bens importados pela Argentina, também em favor do mercado chinês.

Além de uma simples relação comercial, a China também avançou notáveis ??na área de investimentos, tornando-se há vários anos um dos maiores investidores estrangeiros da região, especialmente no financiamento de infraestrutura e telecomunicações.

De acordo com o último Boletim Estatístico de Investimento Direto Estrangeiro publicado pelo governo chinês, a América Latina representa 10,8% dos fluxos de investimento da China no exterior, segundo dados de 2020. Isso a torna a principal região a receber investimentos chineses fora da Ásia, superando Europa, América do Norte, África e Oceania