SOJA: MERCADO FÍSICO ESTABILIZA COM QUEDA EM CHICAGO E ALTA DO DÓLAR

Contratos futuros fecharam em baixa após dois dias de alta. Forte queda do petróleo contribuiu para a decaída

Ilustração

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Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos nesta quarta-feira (6) no mercado físico brasileiro, acompanhando a sinalização do dólar. A queda de Chicago compensou em parte o impacto positivo do câmbio e manteve a comercialização travada.

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos seguiu em R$ 182,00

– Região das Missões: a cotação permaneceu em R$ 181,00

– Porto de Rio Grande: o preço ficou em R$ 185,00

– Cascavel (PR): o preço passou de R$ 174,00 para R$ 175,00 a saca

– Porto de Paranaguá (PR): a saca avançou de R$ 180,00 para R$ 181,00

– Rondonópolis (MT): a saca subiu de R$ 161,50 para R$ 164,00

– Dourados (MS): a cotação estabilizou em R$ 173,00

– Rio Verde (GO): a saca ficou em R$ 163,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais baixos. Após dois dias de alta, o mercado corrigiu tecnicamente. A forte queda do petróleo contribuiu para as quedas.

Ainda assimilando os dados de intenção de plantio nos Estados Unidos, o mercado já se prepara para o relatório de abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta sexta (8), às 13h.

O Departamento deve reduzir as suas estimativas para os estoques de passagem de soja dos Estados Unidos em 2021/22. Os estoques globais e as estimativas de safra da América do Sul também deverão ser cortados.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques dos Estados Unidos de 254 milhões de bushels, contra 285 milhões de bushels indicados no relatório de março.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 88,4 milhões de toneladas, contra 90 milhões estimados em março.

A previsão para a safra do Brasil deverá ser reduzida de 127 milhões para 125 milhões de toneladas. Para a Argentina, o Departamento deverá cortar sua estimativa de 43,5 milhões para 42,6 milhões de toneladas.

Na quinta (7), o USDA divulga os dados sobre os embarques semanais americanos. A previsão é de vendas entre 600 mil e 1,45 milhão de toneladas. Nesta quarta, os exportadores privados anunciaram a venda de 132 mil toneladas para a China.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 11,50 centavos de dólar por bushel ou 0,7% a US$ 16,19 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 16,03 1/2 por bushel, com perda de 10,50 centavos ou 0,65%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixar de US$ 4,10 ou 0,88% a US$ 461,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 71,83 centavos de dólar, com perda de 0,58 centavo ou 0,8%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em R$ 4,7150, com alta de 1,15%. A moeda subiu durante toda a sessão e ganhou ainda mais força após a divulgação da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que confirmou que o próximo aumento dos juros será de 0,5%, além de
reforçar a preocupação com a inflação global.

Agenda de quinta

– Previsão para a safras mundial de grãos – AMIS/FAO, na parte da manhã

– Atualização da estimativa para a safra brasileira de grãos – Conab, 9hs

– Levantamento Sistemático de Produção Agrícola de fevereiro – IBGE, 9hs

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde