POLÍCIA INDICIA POR ESTELIONATO SUSPEITO DE SE PASSAR POR PROMOTOR PARA APLICAR GOLPES EM MG

Homem de 47 anos já havia sido preso durante operação do Geaco contra esquema criminoso que causou R$ 600 mil de prejuízo às vítimas.

Homem se passava por promotor de Justiça para aplicar vários golpes em Minas, um deles, em Boa Esperança

Homem se passava por promotor de Justiça para aplicar vários golpes em Minas, um deles, em Boa Esperança

A Polícia Civil concluiu inquérito e indiciou um homem de 47 anos suspeito pela prática de estelionato em Boa Esperança (MG). Segundo a polícia, ele teria fingido ser Promotor de Justiça para aplicar golpes. O homem já havia sido preso durante operação do Grupo de Operações Especiais do Ministério Público (Gaeco) em Varginha (MG).

De acordo com as apurações, o suspeito teria praticado crimes de estelionato em várias cidades. O delegado Alexandre Boaventura explicou como era o modo de agir do suspeito.

"Esse crime foi registrado na cidade de Boa Esperança em março deste ano, quando o suspeito, se passando por um Promotor de Justiça, ludibriou a vítima, adquiriu produtos que ela havia colocado à venda em um determinado site e pagou as máquinas com cheques sem fundos e falsos, no valor superior a R$ 15 mil", explicou.

Segundo Boaventura, após denúncia, o suspeito foi identificado e abandonou os produtos comprados ao saber que a polícia já sabia quem era ele. Conforme o delegado, o homem acabou preso durante operação do Gaeco em Varginha.

Mesmo já preso, o delegado aponta que agora ele passa a ter também outro pedido de prisão contra ele.

"Ele foi identificado e uma vez que soube que havia sido identificado, abandonou o maquinário que tinha comprado, na cidade de Três Pontas, informando a vítima. Ele já era conhecido no meio policial pela prática de vários crimes, inclusive durante as investigações houve uma operação do Gaeco, em Varginha, em que ele foi preso. Hoje finalizamos o inquérito do caso de Boa Esperança, indiciamos o suspeito pela prática de estelionato na modalidade fraude eleitoral, em que a pena é de quatro a oito anos. Pedimos uma nova prisão dele, para que continue preso", disse.

Operação em Varginha

O suspeito havia sido preso durante operação do Gaeco em Varginha, em maio deste ano. Na oportunidade, a ação prendeu dos suspeitos na "Operação Conto do Vigário".

Segundo as investigações, os esquemas criminosos movimentaram cerca de R$ 600 mil. Além das prisões preventivas, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão.

De acordo com o Ministério Público, as investigações apontaram que os suspeitos se passaram por assessores parlamentares e por policiais civis, fazendo uso de identidades falsas e supostos uniformes. Os dois, ainda conforme o MP, com pelo menos mais duas pessoas ainda não identificadas, aproximaram-se das vítimas e fizeram amizade duradoura.

Durante a ação criminosa, com pretexto de aquisição de veículos automotores, troca de cheques e abertura de uma casa lotérica, os suspeitos obtiveram das vítimas aproximadamente R$ 600 mil em dinheiro.