As denúncias de assédio sexual contra Guimarães já eram de conhecimento do Palácio do Planalto e da equipe presidencial. Segundo um assessor, Bolsonaro chegou a conversar com o presidente da Caixa há cerca de um mês sobre o caso, alertando que se algo fosse comprovado e viesse a público, ele seria demitido.
'Fama'
Um assessor presidencial disse ao blog que a "fama" de Pedro Guimarães já era conhecida, mas que ele sempre se defendia dizendo que era alvo de "intrigas". Até o momento não se sabia que o Ministério Público Federal estava investigando o caso. "Agora, com essa informação da investigação do Ministério Público Federal, a situação dele fica insustentável", disse ao blog um assessor presidencial.
Dentro do Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, assessores e aliados de Bolsonaro chamavam o presidente da Caixa de "Pedro Maluco" diante das informações que circulavam sobre seu comportamento com funcionárias da instituição.
Guimarães é um dos assessores mais próximos do presidente da República, frequentemente ao lado dele em eventos no Palácio do Planalto, em viagens e nas transmissões ao vivo feitas por Bolsonaro às quintas-feiras.
Segundo um aliado, para um presidente que tem sofrido forte rejeição do eleitorado feminino, o caso envolvendo Guimarães é péssimo para a imagem do governo e de Bolsonaro. Ele defendeu uma ação rápida, com o afastamento do presidente da Caixa imediatamente.