ÚLTIMA SEMANA DE JULHO DEVE SER DE CALOR INTENSO SEGUIDO DE FRIO NA REGIÃO

As mínimas poderão marcar recorde dos últimos 21 anos e geadas também devem ser registradas na região

Foto: Reprodução

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Temperaturas opostas são esperadas nesta semana nas cidades do Centro-Oeste de Minas. O motivo é a chegada de uma nova frente fria que deve aumentar as temperaturas de forma intensa e, depois, derrubá-las a partir de quarta-feira (28). As mínimas poderão marcar recorde dos últimos 21 anos e geadas também devem ser registradas na região.

A chegada de uma frente fria é sempre antecedida por um superaquecimento, por isso, segundo o geógrafo William Borges, nos próximos três dias devem ser registradas temperaturas máximas anormais para o período.

Conforme o especialista, para o mês de julho, o esperado para a região é que as temperaturas não ultrapassem os 25 °C, porém, a previsão da semana indica que as máximas podem ficar próximas dos 30 °C.

A partir de quarta-feira, quando está prevista a passagem da frente fria, as temperaturas devem cair de forma brusca. Conforme o geógrafo, a cidade com maior frio registrado deve ser Divinópolis, onde os termômetros podem marcar 6° C.

"Essas anomalias são resultado da ação insustentável do homem sobre a Terra. Ao mesmo tempo que o Centro-Oeste de Minas é atingido por este frio intenso e fora do normal, outras regiões do planeta estão vivenciando calor excessivo, acima dos 50 °C", explicou.

Willian Borges contou que essa frente fria pode significar novos recordes e que, nesta semana, pode ser registrado o dia mais frio do inverno. Porém, ele ressaltou que isso é apenas uma possibilidade, e que o fenômeno não deve ser muito diferente das anomalias vivenciadas em 2021.

"Ainda é cedo para afirmarmos, é preciso ver com que força a frente fria vai chegar na região", apontou o geógrafo.

Porém, o especialista afirmou que após a passada do fenômeno, uma massa de ar seco, de origem polar, deve atuar no Centro-Oeste MG. Isso significa que a umidade relativa do ar, no período da tarde, deve continuar em estado de alerta. A expectativa é que a variação registrada seja de 25% a 80%.