BRASIL VENCE A ESPANHA POR 2 A 1 E FATURA O BICAMPEONATO OLÍMPICO EM TÓQUIO

Matheus Cunha e Malcom, que saiu do banco de reservas, deram a vitória ao Brasil.

Foto: Reprodução

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No mesmo Estádio Internacional de Yokohama, onde a seleção brasileira conquistou o pentacampeonato mundial (2002), o Brasil se tornou bicampeão olímpico. Na manhã deste sábado (7), na decisão dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a festa foi brasileira. Em um duelo equilibrado e muito disputado contra a Espanha, a medalha de ouro foi colocada no peito dos brasileiros após vitória por 2 a 1, decidida apenas na prorrogação, depois de 1 a 1 no tempo normal. Matheus Cunha e Malcom, que saiu do banco de reservas, deram a vitória ao Brasil.

Porém, após o empate espanhol, no segundo tempo, o Brasil sentiu o golpe. Se apagou no jogo e viu o travessão salvar o goleiro Santos em duas oportunidades na reta final do segundo tempo.

Na prorrogração, o time brasileiro se reergueu, apesar de ter perdido alguns gols. Com a entrada de Malcom, o Brasil ganhou mais qualidade nos contra-ataques e foi exatamente assim que conquistou o ouro, aos 3 minutos do segundo tempo.

O jogo


Jogo muito equilibrado. Hora o Brasil se recuava, hora a Espanha se defendia e, em certos momentos, esteve melhor.

A primeira jogada perigosa saiu aos 24 minutos, após Arana, do Atlético, cruzar pela esquerda, e Richarlison chutar de primeira. A bola balançou a rede, mas do lado de fora. Aos 35 minutos, Richarlison teve outra chance. O goleiro espanhol atingiu Matheus Cunha, dentro da área. O VAR entrou em ação, e o juiz australiano Chris Beath marcou pênalti. O ex-americano foi para a bola, mas não teve tranquilidade. Aos 38 minutos do primeiro tempo, isolou a bola, lembrando Roberto Baggio, na Copa de 94.

O primeiro tempo caminhava para o fim, quando o momento maior do futebol chegou. Já nos acrescimentos, Claudinho cruzou pela esquerda, Daniel Alves evitou a saída da bola e Matheus Cunha ajeitou com tranquilidade, colocou a bola no chão entre a defesa espanhola e chutou no cantinho, sem chances para o desastrado goleiro Simon. O caminho do ouro estava aberto e o Brasil foi para o vestiário em vantagem.

O Brasil voltou para o segundo tempo determinado. Aos 6 minutos, Richarlison limpou o zagueiro espanhol dentro da área e chutou forte, a bola desviou no goleiro e, caprichosamente, bateu no travessão.

Os espanhóis foram adversários chatos. Aos 16 minutos, Carlos Soler cruzou pela direita, Mikel Oyarzabal, de primeira, soltou uma bomba, marcou um golaço e empatou. A Espanha assumiu o comando do jogo, mas mais tempo no setor de ataque e, aos 41 minutos, quase virou o jogo, após cruzamento, a bola bateu no travessão. Dois minutos depois o travessão salvou o Brasil de novo, após a bomba de Bryan.


Prorrogação


O Brasil massacrou os espanhóis na prorrogação, mas errou vários gols. Jardine demorou para mexer no time, que cansou em campo. O time teve apenas uma substituição até o fim do primeiro tempo da prorrogação, com Malcon no lugar de Matheus Cunha. O jogo ganhou outro ritmo e o Brasil foi ao ataque, mas esbarrou na defesa espanhola.

No segundo tempo, porém, entrou em quadra o protagonismo de Malcom. Aos 3 minutos do segundo tempo, no contra-ataque, ele chutou forte e bola parou no cantinho. A partir daí, o Brasil administrou o placar até o apito final.


O caminho do ouro


A seleção brasileira chegou à decisão de maneira invicta. Na estreia, derrotou a Alemanha, por 4 a 2, com três gols de Richarlisson. No segundo jogo, empate em 0 a 0 com a modesta Costa do Marfim. O terceiro jogo da fase de grupos foi contra a Arábia Saudita e 3 a 1 para o Brasil.

Já nas quartas de final, o 1 a 0 diante do Egito deu ao Brasil o direito de disputar a semifinal. Depois de um empate em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, o Brasil venceu por 4 a 1 nos pênaltis.

Na decisão, o Brasil fez o jogo duro, errou pênalti e vários gols, mas, no fim, soltou o grito de campeão olímpico pela segunda vez seguida.