JÚRI POPULAR DE FLORDELIS COMEÇA NESTA SEGUNDA-FEIRA NO RIO DE JANEIRO
Pastora é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, morto a tiros na garagem da residência da família em Niterói
A ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza será levada a júri popular nesta segunda (7), acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. Ele foi morto a tiros na garagem da residência da família em Niterói, na região metropolitana do Rio, em junho de 2019. A pastora é ré por suspeita de homicídio triplamente qualificado –por motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima–, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Ela nega.
Também serão julgados Marzy Teixeira da Silva e André Luiz de Oliveira, filhos adotivos de Flordelis, Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica da pastora, e Rayane dos Santos Oliveira, sua neta. A expectativa é que o julgamento ocorra em mais de um dia. Inicialmente, o júri começaria em 12 de dezembro, mas foi antecipado por causa da Copa do Mundo.
À Folha, o advogado Rodrigo Faucz, que representa Flordelis, Marzy, André e Rayane, disse que a defesa vai apresentar dados captados pela nuvem do celular do pastor Anderson. O aparelho, no entanto, nunca foi encontrado. De acordo com Faucz, o material traz pesquisas feitas por Anderson para a contratação de garotas de programa e casas de swing. "Esses dados mostram que ele era um predador sexual", afirmou.
Anderson tinha 42 anos quando foi assassinado na garagem de casa que morava com Flordelis e mais 35 filhos. Foram constatadas 30 perfurações de bala em seu corpo. A pastora, que estava com a vítima no momento do crime, relatou em depoimento que o marido teria sido morto em um assalto. Mas logo a versão de latrocínio caiu por terra.