NOS PÊNALTIS: CROÁCIA VENCE JAPÃO, PASSA PARA AS QUARTAS E ESPERA O VENCEDOR DE BRASIL X COREIA DO SUL

Reprodução/ Internet

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Atual vice-campeã do mundo, a Croácia chegou para o confronto de oitavas de final como favorita. Depois de vencer as poderosas Alemanha e Espanha na fase de grupos, o Japão mostrou novamente que foi ao Catar disposto bater favoritos.

O jogo no Estádio Al Janoub começou com uma chance clara de gol dos asiáticos. Aos 2 minutos, após uma jogada ensaiada de escanteio, Taniguchi subiu de cabeça e mandou perto do gol. O lance foi um ensaio da jogada que decidiria o primeiro tempo.

Antes disso, porém, a Croácia conseguiu assustar com Perisic pela esquerda. O goleiro Gonda fez uma defesa parcial e Kramaric acabou não conseguindo finalizar no rebote.

Considerada mais forte individualmente e com jogadores do porte de Modric, do Real Madrid, Kovacic, do Chelsea, e Perisic, do Tottenham, a Croácia não conseguiu se impor sobre o Japão. Repedindo a fórmula da fase de grupos, a equipe de Hajime Moriyasu teve pouco a posse de bola, mas mostrou-se muito organizada para as transições ofensivas e bolas paradas.

Em um contra-ataque, Ito cruzou fechado e Maeda chegou atrasado no carrinho. Aos 43 do segundo tempo não teve como a Croácia se salvar. Em um lance semelhante aquele do começo do jogo, um escanteio ensaiado terminou com a bola sobrando para Maeda. O camisa 25 bateu de primeira para vencer Livakovic e deixar o Japão em vantagem.

Como foram os lances de Japão x Croácia

A desvantagem obrigou a Croácia a ter uma postura mais agressiva no segundo tempo. A equipe europeia voltou do intervalo tentando acionar seus atacantes com maior velocidade abrindo mão da longa circulação de bola adotada ao longo da primeira etapa.

A nova estratégia deu certo. Com apenas 9 minutos, um cruzamento de Juranovic encontrou Perisic, que testou com força para vencer o goleiro Gonda e igualar o placar em Al-Wakrah: 1 a 1.

A Croácia melhorou na etapa final. Modric passou a jogar mais recuado, ao lado do volante Brosovic em uma mudança de desenho do meio-campo que ajustou a saída de bola croata. Mas o camisa 10 também apareceu na frente. Aos 18, Modric pegou um rebote da entrada da área e mandou um belo chute de primeira. A virada croata só não veio porque Gonda fez uma grande defesa.

Com o cronômetro chegando aos 20, os técnicos fizeram as primeiras mudanças. Na Croácia, Budimir entrou no lugar de um apagado Petkovic. No Japão, Mitoma e Asano foram as opções para as vagas de Maeda e Nagatomo. Um pouco depois, Palasic entrou no lugar de Kramaric em mais uma mudança no setor ofensivo croata.

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Mas foi Perisic, o autor do gol e o único do trio de ataque do início da partida ainda em campo, quem quase marcou novamente. Aos 32, o camisa 4 bateu cruzado e Gonda desviou para escanteio. Aos 40, a chance veio com Palasic, pelo alto, em cabeceio que passou perto. A melhora da Croácia na etapa final não chegou para uma virada. O empate levou a decisão para a prorrogação.

Talvez pelo cansaço, a prorrogação iniciou em um ritmo lento sem nenhuma das equipes arriscar em busca do gol. Com 9 minutos jogados, o craque croata deixou a partida. Modric, de 37 anos, não aguentou fisicamente e acabou saindo para entrada de Lovro Majer. Kovacic também foi substituído por Vlasic.

Sem Modric e Kovacic, a Croácia ficou ainda mais carente de criatividade. O Japão também não conseguia mais impor sua velocidade para as transições.

O primeiro tempo da prorrogação teve apenas uma chance de gol. E foi japonesa. Aos 14, Mitoma chutou forte da entrada da área e obrigou Livakovic a uma difícil defesa.

A Croácia voltou para o segundo tempo da prorrogação com mais duas mudanças. Um dos jogadores a sair foi outra estrela da equipe, Perisic – também deixou o campo Budimar, que havia entrado na segunda etapa do tempo regulamentar. Entraram Orsic e Livaja.

A partida teve mais 15 minutos de pouca emoção. A baixa eficiência ofensiva das duas equipes tornou inevitável que a disputa fosse para os pênaltis. Nas penalidades, a Croácia levou a melhor e venceu por 3 a 1 com o brilho do goleiro Livakovic, que defendeu três cobranças.