PRINCIPAL ACESSO A CAPITÓLIO É PARCIALMENTE REABERTO APÓS SEIS DIAS DE INTERDIÇÃO; VEJA ROTAS

Segundo o Executivo, apenas s passagem de veículos grandes como caminhões e caminhonetes está permitida. Acesso estava totalmente interditado desde a última quinta (12) após o Rio Piumhi transbordar.

Rio Piumhi transbordou na semana passada e interditou o principal acesso da cidade ?- Foto: Daniel Flávio/Arquivo pessoal

Rio Piumhi transbordou na semana passada e interditou o principal acesso da cidade ?- Foto: Daniel Flávio/Arquivo pessoal

A entrada principal de Capitólio foi parcialmente aberta para acesso de veículos grandes na manhã desta terça-feira (17). A informação foi confirmada pelo Executivo, por meio da chefia de gabinete. O acesso foi fechado na última quinta (12) após o Rio Piumhi transbordar. Há rotas alternativas para chegar na cidade.

A Prefeitura informou que ônibus e caminhões estão liberados desde que passem devagar. A passagem foi demarcada pela Secretaria de Obras.

Cuidado, atenção e rotas alternativas

O Executivo explicou que a Avenida Córrego do Virgílio, que aparece no vídeo acima, foi aberta para passagem de carros pequenos, motos e pedestres. A Prefeitura pede cuidado e atenção com as máquinas em operação no local.

O volume de água na entrada da cidade começou a abaixar na segunda (16). Apesar disso, ainda há locais alagados e que demandam atenção.

O município está desde o dia 9 de janeiro com vários pontos de alagamento por causa do Rio Piumhi, que não comportou o volume de água das chuvas e transbordou.

Na semana passada, a Secretaria de Turismo divulgou os acessos alternativos para chegar ao município. Um deles é pela MG-050, sentido a Barragem do Dique para quem vem sentido São Paulo. Outra rota é pela Estrada do Socorro, para quem está sentido Belo Horizonte.

Entenda o caso

No dia 11, o g1 mostrou que moradores estão com a mobilidade prejudicada por conta dos alagamentos. O prefeito Cristiano Gerardão explicou que o problema ocorre por conta de um assoreamento no canal de escoação da água do rio e, por isso, a água não baixa com facilidade.

A situação tramita em âmbito judicial contra Furnas Centrais Elétricas que, segundo o Executivo, é a responsável pela limpeza do canal. A reportagem solicitou posicionamento de Furnas sobre o assunto (veja abaixo).


Dificuldade de locomoção



Daniel Flávio é morador de Capitólio há três anos. Segundo ele, nunca viu o rio transbordar e alagar a região da forma como ocorreu. Ele descreveu a dificuldade que tem para se locomover no município.
"Não há outra entrada na cidade. As pessoas passam exatamente pela orla, onde está alagado, para poderem entrar no município e acessarem locais como Escarpas do Lago, por exemplo. Como podemos ver nos vídeos divulgados nas redes sociais, as pessoas estão se arriscando a pé ou em carros para passarem pelas águas", disse.

Daniel mora bem em frente à orla alagada e relatou que na região se encontram inúmeros empreendimentos e serviços, que estão prejudicados com a inundação que já dura dias.

"Há por aqui inúmeros pontos comerciais como hotéis, restaurantes, o próprio Centro de Atendimento ao Turista, e tudo isso está prejudicado. Não tem acesso e para minimizar, a Prefeitura tem ajudado doando palhetes para as pessoas tentarem passar, mas não tem sido suficiente", destacou.

O que diz a Prefeitura?

Em entrevista ao g1, o prefeito Cristiano Gerardão disse que o problema foi ocasionado por conta de uma situação antiga que tramita em instância judicial.

De acordo com a Prefeitura, no ano de 2008, o Município de Capitólio ajuizou uma ação solicitando que Furnas Centrais Elétricas realizasse a limpeza e manutenção do canal do Rio Piumhi que, por falta de manutenção e ocorrência de assoreamento, provoca uma diminuição da vazão da água e, consequentemente, aumento do nível dos represamentos da água do lago artificial de Capitólio. E isso provoca inundações na cidade em períodos de chuva.

"O referido processo, bem como outras ações, que foram desencadeadas desde então, ainda estão em tramitação. Porém, no início de 2022, a atual gestão, através da Procuradoria Municipal, distribuir ação de execução provisória, conseguindo assinar a publicação de decisão para a execução imediata da obra. Vale dizer que em paralela as ações judiciais, o Município, desde 2021 busca a resolução da questão, também de forma administrativa, junto à Furnas", destacou o prefeito.

O que diz a empresa

"A licença ambiental permitindo limpeza de parte do canal de refluxo do Rio Piumhi foi emitida na última sexta-feira, 06/01/2023. FURNAS finalizou o processo de contratação da empresa responsável pela execução da obra, que terá início em 01/02/23".