FAMÍLIA DENUNCIA MÉDICA QUE ARRANCOU A CABEÇA DE BEBÊ DURANTE PARTO EM MINAS

Foto: Ilustração

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Uma mulher de 34 anos registrou um boletim de ocorrência denunciando que a cabeça da sua bebê foi arrancada durante um parto no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.

O caso ocorreu no último dia 1 de maio e o boletins de ocorrência foi feito dois dias depois. De acordo com o registro da Polícia Civil, a gestante estava com 28 semanas e teve pressão alta. Por causa disso, ela ficou internada no hospital, onde foi optado pelo parto induzido.

O pai da criança e a mãe da grávida acompanharam o parto. O homem relatou para a polícia que viu o rosto de sua filha e viu que ela mexia a boca e os olhos, mas que momentos depois percebeu que a médica tinha arrancado a cabeça da criança.

Ainda na versão dos familiares à polícia, a médica pediu desculpas e a assistente social da unidade de saúde disse que o hospital arcaria com todos os custos do sepultamento. A necropsia da bebê também teria sido feita no hospital e o corpo não foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), logo após a morte.

"Com a ocorrência conseguimos a remoção do corpo do hospital para o IML, por que nem isso o hospital queria liberar para que a família fizesse qualquer procedimento inclusive enterro e velório por que eles falaram que eles lidariam com essa situação do sepultamento. Amanhã sai o resultado preliminar da necropsia e também uma guia preliminar para mãe da criança. Ela está com mais de 60 pontos, não consegue andar e está muito mal psicologicamente. Estamos documentando todos esses fatos para que posteriormente possamos conseguir a responsabilidade penal do hospotal e da médica. Queremos também que a família tenha os danos reparados", explicou a defensora Aline Fernandes.

Ainda segundo o registro no boletim de ocorrência, familiares acompanhavam o parto através de um vidro. Eles teriam presenciado a médica subindo sobre a barriga da mãe enquanto puxava a criança, que, ao nascer, teve a cabeça arrancada do corpo. Conforme a advogada da família, a criança inclusive teria tido a cabeça costurada para que a mãe pudesse carregá-la.

A reportagem de O TEMPO procurou a assessoria do Hospital das Clínicas (HC). Por meio de uma nota, a unidade de saúde, que é administrada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), lamentou o ocorrido e disse que "se solidariza com a família neste momento de luto".

"O HC e a EBSERH empenharão todos os esforços para apuração dos fatos e análise do caso e apoio à família", concluiu o texto divulgado pelo hospital.