CASOS DE COVID-19 AUMENTAM APÓS O CARNAVAL 2024, INDICA PESQUISA DA FIOCRUZ

Brasil registra aumento de internações em todo o Brasil; período epidemiológico conscide com a folia deste ano

A pesquisa se concentra na semana epidemiológica dos dias 11 a 17 de fevereiro de 2024, que coincide com o período de Carnaval em todo Brasil

A pesquisa se concentra na semana epidemiológica dos dias 11 a 17 de fevereiro de 2024, que coincide com o período de Carnaval em todo Brasil

De acordo com o boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nessa quinta-feira (22), há uma contínua alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) associada à Covid-19 em sete estados, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

A pesquisa se concentra na semana epidemiológica dos dias 11 a 17 de fevereiro de 2024, que conscide com o período de Carnaval em todo o Brasil e pode ter contribuído para o aumento das transmissões/infecções pelo vírus.

O crescimento semanal de internações por coronavírus é observado em estados como Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

Capitais como Aracaju (SE), Campo Grande (MT), Cuiabá (MS), Goiânia (GO), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Vitória (ES) também registram aumento de casos.

O coordenador do InfoGripe da Fiocruz, Marcelo Gomes, destaca que a região Norte apresenta uma interrupção no ciclo de crescimento.

A vacinação é a principal medida para prevenir internações e casos graves de COVID-19, de acordo com Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os imunizantes contra a Covid-19, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), reduziram significativamente o risco de desenvolvimento de formas graves da doença, hospitalizações e mortes.

A mortalidade relacionada ao vírus segue predominante entre os idosos, de acordo com a pesquisa.

Codiv domina

O boletim da Fiocriz também aponta o retorno de casos positivos para o vírus influenza A (gripe), concentrados na região Centro-Sul, embora com níveis inferiores aos da Covid - que concentra mais da metade dos casos em todo Brasil.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência dos casos positivos para vírus respiratórios foi de influenza A (7,8%), influenza B (0,3%), VSR (10,4%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (66,9%).

Entre as mortes, os dados mostram a predominância do Sars-CoV-2, com 87,2% dos casos, em comparação com outros vírus respiratórios: influenza A (4,6%), influenza B (0%) e VSR (0%).

Recomenda-se repouso, isolamento, busca por atendimento médico, uso de máscara e manutenção da vacinação em dia em caso de sintomas de infecção respiratória ou gripe.

Segundo o pesquisador, há possibilidade de aumento simultâneo da circulação da Influnza A e Covid-19, especialmente na região Centro-Sul.

Os dados da Fiocruz mostram um leve aumento nos casos de gripe em alguns estados, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, embora em menor volume comparado à Covid.

Em relação a outros vírus respiratórios, como o VSR (vírus sincicial respiratório) e rinovírus, a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) é maior entre crianças menores de dois anos e na população com mais de 65 anos.