HADDAD CONFIRMA META DE DÉFICIT ZERO E QUE SALÁRIO MÍNIMO DEVE SER DE R$ 1.502 EM 2025

Foto: Ilustração

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a meta do governo Lula 3 é de ter déficit zero em 2025 e que o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano. Os dados foram antecipados pelo Blog do Gerson Camarotti.

"Até me explicar aqui: nós não costumamos antecipar os dados da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] antes da entrevista oficial, mas vazaram estes dois dados. Eu até me desculpo por estar falando disso antes das 17h que o horário é combinado, mas sim, os dados são esses", disse Haddad.

O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias que será apresentado nesta segunda-feira (15) vai prever salário mínimo de R$ 1.502 e meta de déficit zero para 2025 -- e não mais de superávit, como previsto até o ano passado.

Questionado sobre se decisões econômicas recentes do Congresso Nacional não ajudaram tanto o governo federal quanto decisões do ano passado, Haddad elogiou o fato de os parlamentares terem tido "coragem de enfrentar temas espinhosos e contrariar interesses e lobbies estabelecidos" ao longo de 2023.

"Não é fácil. A medida provisória do finalzinho do ano [sobre déficit zero] foi menos bem recebida do que as medidas do ano passado. É da vida, da democracia, mas nós precisamos discutir seriamente esses casos para continuar na trilha de, ao equilibrar as contas, permitir que os juros caiam, permitir que o crescimento seja mais robusto", disse.

Segundo o ministro, é necessário que o governo Lula continue trabalhando com o Congresso em busca "tanto de menor despesa quanto de recomposição de receitas".

Haddad destacou o fato de o Brasil estar "crescendo sem inflação" e citou o resultado de 0,16% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em março, enquanto os Estados Unidos registraram aumento de 0,40% no mesmo período.

Reforma tributária

Questionado sobre reforma tributária, o ministro disse ter se reunido na sexta-feira (13) com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e que sua equipe trabalhou no fim de semana para agilizar a redação final da proposta -- que deve ser apresentada nesta semana.

"Nós estamos fazendo tudo para a Casa Civil estar com esse texto na mão nas próximas horas e aí o presidente [Lula] decide como fazer a solenidade de entrega", disse. "Eu quero que esteja no Congresso o quanto antes".