UMA COPA GUIADA POR CRAQUES, DE BOM NÍVEL TÉCNICO, SURPRESAS E DECEPÇÕES
Mundial do Catar teve o domínio de craques geniais e surpresas negativas e positivas
A Copa do Mundo do Catar foi guiada por dois gênios. O que Messi e Mbappé fizeram nos campos do Oriente Médio já está na história. Além da genialidade e da qualidade, protagonizaram a melhor final de Mundial que eu já vi. E bateram recordes e recordes. Mbappé já é o jogador com o maior número de gols em finais. Messi superou a quantidade de gols de Pelé em Copas. E por aí vai.
A Copa do Mundo teve jogos de altíssimo nível e a final foi um deles. Taticamente, os treinadores souberam usar de maneira eficiente suas opções, precisando de trocar peças quando necessário e abrir mão de esquemas rígidos ou peças específicas. Ponto para Scaloni, que mexeu quando necessário na Argentina, e para Deschamps, da França, que, entre outros fatores, reinventou a função de um jogador como Griezmann. Ponto negativo para Tite, que poderia ter se adaptado melhor taticamente de acordo com os adversários.
E, claro, tivemos surpresas. A maior delas, positiva, a chegada de Marrocos ao quarto lugar. Ciente de suas limitações e sabendo jogar o campeonato, foi longe. Que não seja uma andorinha de um verão para o futebol africano. Vale ressaltar o ótimo trabalho da Croácia, um país pequeno, mas que consegue formar boas seleções e que fica pela segunda vez seguida entre os quatro melhores.
E as decepções? Para mim, indiscutivelmente, a Alemanha, aparentemente desinteressada e eliminada de forma lamentável na primeira fase. A Espanha chegou a encantar, mas também saiu de forma triste. Para tentar colocar mais alguma no pódio, a Bélgica. Brigas internas e um futebol sem qualquer tempero.
Que venha 2026! Com mais seleções, uma pena. Tomara que a Fifa acerte na fórmula e que essa possa resultar em jogos emocionantes como nesse ano.