ÍNDICE DE INFESTAÇÃO CAI PARA 3,5% E CENÁRIO REGRIDE PARA "MÉDIO RISCO"

Segundo levantamento do ano divulgado pelo DMVE traz queda na proliferação do mosquito transmissor da dengue, no entanto "circulação viral ainda é grande" na cidade, explica Vieira Mota

Foto: Ilustração

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O Departamento Municipal de Vigilância Epidemiológica (DMVE) divulgou prévia de seu trabalho de aferição do Índice de Infestação Predial (IPP) que gera dados para compor o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypit (LIRAa), o segundo realizado este ano. O primeiro, consolidado em fevereiro, mostrava Piumhi com um alarmante percentual de 8,8% que apontava para um alto nível de proliferação do mosquito transmissor da dengue no município, algo creditado ao calor e umidade, fatores típicos do Verão então em seu ápice. Um quadro que, nos quase três meses seguintes, desencadearia numa epidemia da doença que agora ultrapassa os 900 casos.

Agora em pleno Outono, o LIRAa mostra um índice de 3,5% agora com uma classificação de "médio risco" conforme parâmetros estipulados pelo Ministério da Saúde (MS). A metodologia do DMVE para coleta de dados consiste na divisão do núcleo urbano em duas regiões distintas com a verificação pelos agentes de endemias de, respectivamente, 448 e 436 imóveis, num total de 884. Na primeira área, foram encontrados 13 focos do Aedes (2,9%) e na segunda região, 15 criadouros com larvas (3,4%).

De cada 10 criadouros localizados com larvas do mosquito transmissor da dengue, 4 eram ralos de escoamento de água instalados nas residências. Numa segunda posição parecida aparecem os recipientes móveis, como pratinhos de plantas e outros pequenos objetos capazes de reter água. "Reforçamos a recomendação para que a população instale telas do tipo mosquiteiro ou mesmo filó nestes ralinhos, dispositivo que irá impedir o Aedes aegypit de entrar e depositar ali os seus ovos, que mais tarde se tornaram larvas e mosquitos adultos", enfatiza o diretor do DMVE, biólogo Luiz Henrique Vieira Mota.

Ele explica que apesar da infestação pelo mosquito vetor da dengue não se apresentar tão elevada, a circulação viral ainda é considerada intensa na cidade. "Portanto todo cuidado é pouco. Nossas equipes não estão poupando esforços na realização de vistorias – intensificadas com os resgates noturnos de residências fechadas – e dos mutirões de limpeza, além do "fumacê", mas tudo isso não alcança o resultado esperado sem a colaboração dos moradores para que cuidem de seus quintais e tomem todas as medidas recomendadas", coloca.

A média de casos de dengue em Piumhi baixou para perto de 13 de uma semana para outra. Entre 29 de abril e 5 de maio, a média girava em todos dos 15 casos diários.

Infestação pelo Aedes regride mas casos de Dengue chegam a 957.

Relatório divulgado pelo Departamento Municipal de Vigilância Epidemiológica (DMVE) mostra recuo no índice de infestação pelo Aedes aegypit, mosquito transmissor da dengue, que de 8,8% registrado em fevereiro cai agora para 3,5%. No entanto, o cenário em Piumhi ainda é de epidemia, de acordo com o último boletim epidemiológico de dengue divulgado neste domingo (15), em 24 horas foram registrados 03 novos casos, totalizando 967 infectados. Um quadro que denota ainda uma situação de epidemia pairando sobre o município.