FIFA VOLTA ATRÁS E BANDEIRAS LGBTQIA+ SERÃO LIBERADAS NO CATAR, SEGUNDO JORNAL

Periódico britânico afirma ter recebido informações de federações nacionais informando sobre nova medida da entidade

Ex-primeira-ministra dinamarquesa Helle Thorning-Schmidt usa as cores do arco-íris em sua roupa durante jogo no Catar 2022 - Foto: Mads Claus Rasmussen / Ritzau Scanpix / AFP

Ex-primeira-ministra dinamarquesa Helle Thorning-Schmidt usa as cores do arco-íris em sua roupa durante jogo no Catar 2022 �- Foto: Mads Claus Rasmussen / Ritzau Scanpix / AFP

Um dos assuntos extra-campo mais falados da Copa do Mundo do Catar até agora é em relação à luta por direitos de minorias, entre elas, a população LGBTQIA+. Os protestos e manifestações à favor da causa, que vinham sendo fortemente reprimidos pela Fifa e pelo governo do país nos cinco primeiros dias de Copa, agora 'não serão proibidas' segundo o jornal britânico The Independent. Isto é, para a torcida.

O periódico afirmou que federações receberam informação da Fifa de que, agora, bandeiras serão permitidas nos estádios. A medida teria sido atualizada após o governo do Catar dar o 'ok' à Fifa para a decisão. Agora, bandeiras e outros itens com o tradicional arco-íris não serão mais confiscadas pelas autoridades cataris.

No Catar, as leis que proíbem e punem 'atividade homossexual' são rígidas, e pessoas gays, lésbicas, bissexuais e transexuais podem até ir para a cadeia. Com isso, diversas federações internacionais planejaram protestos em apoio à comunidade LGBTQIA+, como o uso da braçadeira com a bandeira arco-íris e as palavras 'One Love', em inglês, 'um amor só'.

Várias federações levaram o caso até Fifa, já que foram informadas, previamente, que o evento seria uma Copa do Mundo aberta a todos. Agora, o órgão regulador global teria enviado uma nota às federações de que recebeu garantias do Comitê de Operações de Segurança e Proteção do torneio que os itens do arco-íris não serão mais confiscados.

Jornalista brasileiro tem bandeira de Pernambuco confiscada

Até então, a abordagem de itens considerados LGBTQIA+ era rígida. Na última terça, viralizou o caso do jornalista brasileiro Victor Pereira, que teve sua bandeira de Pernambuco confiscada por policiais no Catar. Ele alega que teve, também, seu celular confiscado e foi obrigado a apagar vídeos feitos da abordagem.

A bandeira de Pernambuco tem cores que se assemelham a um arco-íris, mesmo que não seja, especificamente a mesma imagem e as mesmas cores. Durante os primeiros cinco dias de Copa do Mundo, essa situação se repetiu, e vários itens foram confiscados pelas autoridades. Ainda seguno o The Independent, até mesmo torcedores de Gales que utilizavam roupas com as cores do país - vermelho, amarelo, branco e verde - foram abordados e ordenados a remover as roupas.