EXTREMA POBREZA NO BRASIL CAI PELA 1ª VEZ DESDE O INÍCIO DA PANDEMIA

Foto: Ilustração

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O percentual de brasileiros em situação de extrema pobreza caiu em 2022 pela 1ª vez desde o início da pandemia, em 2020. Passou de 9% em 2021 para 5,9% no último ano, enquanto a pobreza teve queda de 36,7% para 31,6% no mesmo período. Os dados são da SIS (Síntese de Indicadores Sociais) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em 2022 o Brasil teve 67,8 milhões de pessoas na pobreza e 12,7 milhões na extrema pobreza, segundo o instituto. O recuo em relação a 2021 foi de 10,2 milhões e 6,5 milhões, respectivamente. A série histórica do IBGE foi iniciada em 2012.

Apesar da queda em relação a 2021, o percentual de pessoas pobres no Brasil se manteve acima do nível de 2020 (31%). Foi igual ao percentual de 2015, quando começou a haver um aumento, depois de anos de queda. O nível de 2022 foi mais baixo que o de todos os anos de 2016 (33,7%) a 2019 (32,5%).

Já a extrema pobreza teve o menor índice no ano passado desde 2015 (5,6%), quando o país começou a registrar um aumento da taxa. Os níveis mais baixos da série histórica foram os de 2014, tanto para a pobreza (30,8%) quanto para a extrema pobreza (5,2%). Já os mais altos foram os de 2021 –ano mais grave da crise sanitária da covid no país.

O IBGE usa como referência as linhas definidas pelo Banco Mundial. Desde 2022, elas são de US$ 6,85 para a pobreza e US$ 2,15 para a extrema pobreza. Ou seja, considera-se pobre quem vive com menos de US$ 6,85 por dia e extremamente pobre quem vive com menos de US$ 2,15 por dia.

De 2009 a 2015, a linha da extrema pobreza era de US$ 1,25. Em 2016, houve uma atualização, com essa linha passando para US$ 1,90. Nesse ano, o banco também criou a linha da pobreza, de US$ 5,50, para países de renda média-alta (que incluem o Brasil). Esses valores foram usados até 2021.

Na pesquisa, o IBGE considerou, separadamente, tanto as métricas de 2016 quanto as de 2022, para todos os anos.