OPERAÇÃO PRENDE SUSPEITOS DE FALSIFICAR E VENDER ATESTADOS MÉDICOS PARA DETENTOS E EMPRESA DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO, MG

Duas pessoas foram presas. De acordo com o delegado Rafael Gomes, as investigações indicam que atestados eram vendidos por R$ 50 cada.

Operação prende suspeitos de falsificar e vender atestados médicos para detentos e empresa de São Sebastião do Paraíso, MG - Foto: Polícia Civil

Operação prende suspeitos de falsificar e vender atestados médicos para detentos e empresa de São Sebastião do Paraíso, MG �- Foto: Polícia Civil

Duas pessoas foram presas por suspeita de falsificar e comercializar atestados médicos em São Sebastião do Paraíso (MG). A ação faz parte da operação "Efeito Colateral" e aconteceu nesta terça-feira (11).

Além das prisões, foi cumprido um mandado de busca e apreensão. De acordo com a Polícia Civil, esta é a segunda fase da operação. O esquema criminoso envolvia a falsificação e a venda dos atestados para detentos do presídio local e funcionários de uma empresa.

As investigações tiveram início em maio deste ano, quando os policiais tiveram conhecimento de que alguns condenados estavam apresentando os documentos com indícios de fraude na tentativa de justificar ausência no cumprimento das penas.

De acordo com o delegado Rafael Gomes, as investigações indicam que a responsável pela falsificação dos atestados os vendia por R$ 50 cada.

Paralelamente, uma empresa em São Sebastião do Paraíso relatou à polícia que vários atestados apresentados por seus funcionários para justificar as faltas ao trabalho também apresentavam indícios de fraude.

Presídio São Sebastião do Paraíso (MG) — Foto: João Daniel Alves/EPTV

Presídio São Sebastião do Paraíso (MG) — Foto: João Daniel Alves/EPTV

A Polícia Civil instaurou inquérito e, após levantamentos, confirmou as falsificações. Os documentos do presídio e da empresa tinham carimbos e assinaturas dos mesmos médicos.

Segundo a Polícia Civil, os médicos foram ouvidos e nenhum deles reconheceu as caligrafias e as assinaturas constantes nos atestados, além de apontarem divergências nos carimbos. Os policiais civis ainda verificaram que não há registros de consultas dos supostos pacientes nos respectivos hospitais e postos de saúde onde teriam sido atendidos.

"Nenhum dos investigados é médico. Na verdade, são pessoas comuns que estavam falsificando estes atestados, inclusive falsificando as assinaturas e carimbos dos médicos. Eles replicaram esse carimbo e estavam vendendo os atestados. Os médicos não têm nenhuma culpa nessa situação", explicou o delegado.

No total, três pessoas foram presas cautelarmente. O inquérito policial conta com o indiciamento de oito envolvidos. Mais de 40 atestados falsificados foram apreendidos pela PCMG.

"Os suspeitos devem responder por crimes de associação criminosa, falsificação de documentos públicos e particulares, uso de documento falso, entre outros", acrescentou.

1ª fase

A primeira fase da operação aconteceu no dia 29 de junho. Na ocasião, foram cumpridos um mandado de prisão temporária e dois de busca e apreensão. As investigações continuam por meio da Delegacia de Polícia Civil em São Sebastião do Paraíso.